Sem linha do horizonte
A cidade cresce. Mas para quem? Enquanto novas obras dominam o horizonte, prédios antigos são abandonados, aguardando o fim de seus dias. Em ritmo vertiginoso, as coisas nascem e morrem, sem planejamento urbano real, sem empatia pelos cidadãos, sem cuidado com o meio ambiente. Um mar de prédios cobre o céu até perder a vista. Verde e azul não têm mais espaços. O discurso de políticos e empresários nos diz que a cidade está se “modernizando”, mas a sensação de sufocamento nos domina a cada dia. A cor cinza está tomando conta da paisagem aos poucos. Não há um horizonte para São Paulo?